Você já pensou sobre a palavra rotina?
Sobre como você passa seus dias e o que, realmente, você espera pro final da semana?
Eu pensei. E posso confessar a vocês – me decepcionei.
Eu sou uma pessoa que odeia (com força) a palavra rotina. E quem não odeia? É uma mesmice colossal (Oi) e que parece que quando vai acabar, começa de novo.
De manhã:
Acorda as 6h30, toma banho, passa creme, escova o dente, seca o cabelo, enrola a toalha, desce a escada, molha toda casa, pára na cozinha, abre a geladeira, pega o requeijão, o leite, a bisnaguinha, coloca duas colheres pequenas de TODDY light na xícara, coloca leite gelado, passa requeijão em duas bisnaguinhas, come, volta pro quarto, se troca, senta no sofá, espera a carona, entra no carro, fala bom dia, começa a maquiagem, corretivo, base, pó, blush, rímel, óculos escuro, trânsito na marginal, eldorado, jardins, Oscar freire, olha as lojas, deseja roupas, se ilude, sente raiva, pára na paulista, desce, anda, fuma um cigarro, se arrepende de fumar aquele cigarro, pega ônibus, anda 15 minutos, desce, anda mais 5, espera a porta da agência resolver abrir, passa o crachá, sobe escada, senta na mesa, liga o computador, entra no MSN, no Orkut, faz a agenda do dia, começa a trabalhar.
Resto do dia:
Entra no MSN e pergunta onde vamos almoçar, cada um responde um lugar, entra num acordo, levanta, espera os outros, passa o crachá, almoça, se arrepende de comer o brigadeiro, fica com raiva, anda de volta, entra na agencia, sobe a escada e senta novamente até dar a hora, sai, pega o ônibus, desce no metrô, vai até a paulista, desce, entra no carro, chega em casa, cai no sofá, acorda, vai pra cama, dorme.
Todo dia a mesma coisa. E todo dia esperando a sexta-feira.
Daí então a sexta-feira chega. Que felicidade! Acordar é melhor, almoçar é melhor (rola até choppinho), tudo é mais alegre. O som dos passarinhos é mais alto. Os Jobs são prazerosos de fazer (apesar de que de sexta sempre dá uma zica), tudo é mais lindo. Às vezes tem hora feliz e vou pra casa com sorriso no rosto.
Final de Semana:
Sexta a gente dorme de tanto cansaço, sábado acordamos, comemos, passeamos, a noite saímos. Acordo domingo, almoço com família, passeamos ou ficamos dormindo um pouco, a tarde cai, começa Faustão, depois jogo, depois Faustão novamente, depois Fantástico. A partir daí já dá aquele aperto no coração. Oh, não!
Tá acabando...
Volta pra casa, arruma as coisas pra segunda-feira e pensa: é pra isso que eu espero a semana toda.
Revoltante.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
TPM
Dá pra saber quando tudo começa. Ninguém precisa avisar, nenhum relógio precisa tocar. Os dias no calendário atrás da porta só servem pra confirmar a nossa exatidão.
Um simples “bom dia” pode gerar uma guerra, a respiração fica ofegante, os olhos chegam a fechar quando sentem o ódio subindo pelas veias e a garganta se prepara pra gritar a qualquer indício de alguém te contrariar. As mãos parecem estar sempre preparadas para alcançar o pescoço de alguém.
Pode estar aquele dia lindo, céu azul, sol raiando pela janela. Mas em um piscar de olhos, o tempo fecha, a chuva chega e os raios começam.
Você abre a geladeira e se irrita porque acabou seu iogurte light. Abre o seu guarda-roupa, prova todas as roupas e chega a conclusão que você engordou 10 quilos nas ultimas 2 semanas, se irrita e quase desiste de ir trabalhar.
Ah, é ela, é ela, a TPM.
No começo tudo parece normal, você sabe, mas, consegue agüentar. A sensação é a mesma da água quando você a coloca para ferver.
Começa devagar, sem mudanças visíveis, apenas algumas bolhinhas. Quando menos se espera, o calor aumenta e as bolhas também, a água ferve, transborda e molha o fogão.
Para parar de transbordar é preciso baixar o fogo, a fervura continua, mas não ouse aumentar a potência, se não começa tudo de novo.
Mulher de TPM transpira, transborda, extrapola, extravasa. Tudo é over, super, hiper, ultra, mega dramático e conflitante.
Você tem fome de doce, dá a TPM como desculpa para comê-los, mas todos os bolos são recheados de culpa. O sentido das coisas perde seu sentindo real, afinal, rir e chorar simultaneamente fica natural.
Ninguém sabe exatamente pra que serve a TPM.
Talvez seja uma desculpa que nós, mulheres, inventamos para conseguirmos tudo o que queremos durante 1 semana, sem que o nosso homem reclame.
Ou talvez para ter a desculpa de brigar com o mundo, sem ninguém contrariar.
Não sei, talvez seja apenas um defeito de fábrica.
E quer saber? Na próxima encarnação, quero vir homem, afinal, ele não passa por metade dessas coisas. Mas isso é papo pra outro texto.
Um simples “bom dia” pode gerar uma guerra, a respiração fica ofegante, os olhos chegam a fechar quando sentem o ódio subindo pelas veias e a garganta se prepara pra gritar a qualquer indício de alguém te contrariar. As mãos parecem estar sempre preparadas para alcançar o pescoço de alguém.
Pode estar aquele dia lindo, céu azul, sol raiando pela janela. Mas em um piscar de olhos, o tempo fecha, a chuva chega e os raios começam.
Você abre a geladeira e se irrita porque acabou seu iogurte light. Abre o seu guarda-roupa, prova todas as roupas e chega a conclusão que você engordou 10 quilos nas ultimas 2 semanas, se irrita e quase desiste de ir trabalhar.
Ah, é ela, é ela, a TPM.
No começo tudo parece normal, você sabe, mas, consegue agüentar. A sensação é a mesma da água quando você a coloca para ferver.
Começa devagar, sem mudanças visíveis, apenas algumas bolhinhas. Quando menos se espera, o calor aumenta e as bolhas também, a água ferve, transborda e molha o fogão.
Para parar de transbordar é preciso baixar o fogo, a fervura continua, mas não ouse aumentar a potência, se não começa tudo de novo.
Mulher de TPM transpira, transborda, extrapola, extravasa. Tudo é over, super, hiper, ultra, mega dramático e conflitante.
Você tem fome de doce, dá a TPM como desculpa para comê-los, mas todos os bolos são recheados de culpa. O sentido das coisas perde seu sentindo real, afinal, rir e chorar simultaneamente fica natural.
Ninguém sabe exatamente pra que serve a TPM.
Talvez seja uma desculpa que nós, mulheres, inventamos para conseguirmos tudo o que queremos durante 1 semana, sem que o nosso homem reclame.
Ou talvez para ter a desculpa de brigar com o mundo, sem ninguém contrariar.
Não sei, talvez seja apenas um defeito de fábrica.
E quer saber? Na próxima encarnação, quero vir homem, afinal, ele não passa por metade dessas coisas. Mas isso é papo pra outro texto.
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Só pra constar...
Calor infernal, não é?
Pois é... nesse calor não dá vontade de comer nada a não ser saladinhas, coca-cola ligth com muito gelo, besteirinhas, lanches e etc.
Hoje, por exemplo, o povo da agência resolveu ir à feira pra comer pastel. Eu amei!
Chegando lá, depois de bons minutos andando no sol eu pedi meu pastel de frango com catupiry. Delícia!
Jan: "Moça, me vê o vinagrete?"
Moça: "Não pode mais ter vinagrete na feira..."
Jan: "como?"
Moça: "É, foi proibido..."
Eu, querendo fazer uma piadinha para aquele momento de estranheza, disse:
"O kassab proibiu isso também?"
Moça: "Sim! Ele proibiu..."
Quem foi que disse que o Kassab não faz nada pela saúde? Ele faz sim... e a nova dele é essa!
E a notícia no jornal deveria ser: Kassab é contra vinagrete no pastel.
Poxa vida, já temos tantos problemas e não podemos comer em paz.
Vá cuidar de coisas mais importantes, vai!
P.s: Foi um desabafo. Eu gosto de vinagrete e fiquei chateada, rs.
Pois é... nesse calor não dá vontade de comer nada a não ser saladinhas, coca-cola ligth com muito gelo, besteirinhas, lanches e etc.
Hoje, por exemplo, o povo da agência resolveu ir à feira pra comer pastel. Eu amei!
Chegando lá, depois de bons minutos andando no sol eu pedi meu pastel de frango com catupiry. Delícia!
Jan: "Moça, me vê o vinagrete?"
Moça: "Não pode mais ter vinagrete na feira..."
Jan: "como?"
Moça: "É, foi proibido..."
Eu, querendo fazer uma piadinha para aquele momento de estranheza, disse:
"O kassab proibiu isso também?"
Moça: "Sim! Ele proibiu..."
Quem foi que disse que o Kassab não faz nada pela saúde? Ele faz sim... e a nova dele é essa!
E a notícia no jornal deveria ser: Kassab é contra vinagrete no pastel.
Poxa vida, já temos tantos problemas e não podemos comer em paz.
Vá cuidar de coisas mais importantes, vai!
P.s: Foi um desabafo. Eu gosto de vinagrete e fiquei chateada, rs.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Pára tudo que eu quero descer!
Ódio é um sentimento muito complicado de explicar, mas vou tentar:
Eu sinto ódio quando alguém faz alguma coisa que vai contra os meus princípios, quando algo acontece e eu não posso fazer nada, quando alguém ou algo me decepciona, quando alguma coisa não funciona do jeito que eu queria e por aí vai.
Eu tenho ódio de gente sem educação, ódio de gente injusta, de quem me engana.
Cada um sente ódio dentro do que acha errado.
Hoje eu passei por algo que não parece tão grave, afinal, acontece todo dia milhares de vezes e com milhões de pessoas ao mesmo tempo. Mas como toda primeira vez é inesquecível, nessa eu senti medo.
Fui assaltada dentro do ônibus ao caminho do trabalho. Estava sentada lá no fundo, pensando na vida, quando um imbecil (desculpem-me, mas estou com raiva agora), fedido de pinga sentou do meu lado.
Ele me olhou umas duas vezes, mas como eu sou um tanto quanto distraída, nem percebi que ele estava observando meus movimentos.
Meu celular tocou, era minha mãe. Quando eu fui atender, ele me empurrou e arrancou o celular da minha mão. Eu dei um grito, ele saiu correndo e eu, entrei em pânico.
Algo me avisou que ele não era normal, mas eu não dei bola pra minha intuição, não quis pré julgá-lo.
Primeiro chorei muito, tremi, entrei em pânico mesmo. Um ódio tomou conta de mim, o medo passou e eu caí no choro.
Eu não pude fazer nada, não deu tempo. E mesmo que desse eu não teria coragem, ficaria estática.
Desse indigente eu tenho pena (que é outro sentimento péssimo de sentir), mas da situação eu tenho ódio. Ódio porque a gente trabalha muito pra ter as coisas, acorda cedo, resolve pepinos, se estressa, pega trânsito, estuda e rala muito. De repente, aparece um animal sem escrúpulos e te rouba o que você conquistou.
No meu caso foi só um celular, mas a gente vê todo dia no jornal que coisas maiores são tiradas das pessoas, todos os dias, inclusive vidas.
O que se passa na cabeça e no coração dessas pessoas?! Ou será que eles não têm coração? Não tem sangue humano pulsando na veia...
Dá medo de sair na rua. Nesse Brasil é perigoso conquistar as coisas, afinal sempre vai ter um querendo tirá-la de você.
Por isso, eu não tenho dó desses caras. Tem que apodrecer na cadeia.
Puta ladrãozinho de merda que roubou meu NOKIA 3G quase novo (RS).
(pra descontrair a minha raiva).
Eu sinto ódio quando alguém faz alguma coisa que vai contra os meus princípios, quando algo acontece e eu não posso fazer nada, quando alguém ou algo me decepciona, quando alguma coisa não funciona do jeito que eu queria e por aí vai.
Eu tenho ódio de gente sem educação, ódio de gente injusta, de quem me engana.
Cada um sente ódio dentro do que acha errado.
Hoje eu passei por algo que não parece tão grave, afinal, acontece todo dia milhares de vezes e com milhões de pessoas ao mesmo tempo. Mas como toda primeira vez é inesquecível, nessa eu senti medo.
Fui assaltada dentro do ônibus ao caminho do trabalho. Estava sentada lá no fundo, pensando na vida, quando um imbecil (desculpem-me, mas estou com raiva agora), fedido de pinga sentou do meu lado.
Ele me olhou umas duas vezes, mas como eu sou um tanto quanto distraída, nem percebi que ele estava observando meus movimentos.
Meu celular tocou, era minha mãe. Quando eu fui atender, ele me empurrou e arrancou o celular da minha mão. Eu dei um grito, ele saiu correndo e eu, entrei em pânico.
Algo me avisou que ele não era normal, mas eu não dei bola pra minha intuição, não quis pré julgá-lo.
Primeiro chorei muito, tremi, entrei em pânico mesmo. Um ódio tomou conta de mim, o medo passou e eu caí no choro.
Eu não pude fazer nada, não deu tempo. E mesmo que desse eu não teria coragem, ficaria estática.
Desse indigente eu tenho pena (que é outro sentimento péssimo de sentir), mas da situação eu tenho ódio. Ódio porque a gente trabalha muito pra ter as coisas, acorda cedo, resolve pepinos, se estressa, pega trânsito, estuda e rala muito. De repente, aparece um animal sem escrúpulos e te rouba o que você conquistou.
No meu caso foi só um celular, mas a gente vê todo dia no jornal que coisas maiores são tiradas das pessoas, todos os dias, inclusive vidas.
O que se passa na cabeça e no coração dessas pessoas?! Ou será que eles não têm coração? Não tem sangue humano pulsando na veia...
Dá medo de sair na rua. Nesse Brasil é perigoso conquistar as coisas, afinal sempre vai ter um querendo tirá-la de você.
Por isso, eu não tenho dó desses caras. Tem que apodrecer na cadeia.
Puta ladrãozinho de merda que roubou meu NOKIA 3G quase novo (RS).
(pra descontrair a minha raiva).
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Ah, o amor...
"O Amor se descobre através da prática de amar e não das palavras" - (Paulo Coelho)
So, let's pratice!
So, let's pratice!
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Pra se divertir...
Nas minhas andanças pela internet (mais precisamente no blig da Jullia Petit, que eu amo) eu achei algo muito bom pra se destrair quando não se tem muito job pra fazer (rs, que meu chefe não leia).
Entrem: http://www.faceinhole.com/
Você pode ter a cara de quem você quiser, ser capa da revista que quiser e muito mais!
Dá pra brincar, dar umas risadas e mandar as fotos pras amigas...
Falando nisso, olha essa que eu fiz (Erika, Aline e eu - Poderosas).
Post very fast, but very funny.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Seja sempre criança, custe o que custar.
O Dia das Crianças está chegando e me traz muitas lembranças gostosas que vão dos meus poucos anos até a época do colégio.
Ser criança é algo incrível, simples e que não tem volta.
Toda vez que eu vejo uma criança brincando, se melecando com sorvete ou se sujando com areia, eu penso: bons tempos que não voltam mais... E você? Pensa isso também, né?
Lembre-se de como era boa aquela época: acordar cedo, tomar um leite bem quentinho, ir pro colégio, ter aula de educação física, dar risada com os amigos, comer salgado no recreio, chupar pirulito de coração, dar risada durante as aulas e só esperar bater o sinal. Passear com o ônibus do colégio (cantar aquelas musiquinhas bestas), chegar em casa e almoçar, ver Chaves e Chapolin, seriados, sessão da tarde, ir pra aula de inglês, pra casa das amigas, contar fofocas, escrever cartinhas, fazer lição de casa, voltar pra casa, jantar e dormir depois da novela.
Nossa, era bom pensando desse jeito. Prefiro nem pensar na minha rotina hoje, pois vou achá-la sem graça comparada àquela.
Além de todas essas coisas boas, ainda tínhamos um dia especial, um feriado só pra gente (que era da Santa, mas parecia nosso). Eu lembro que meu ultimo presente de dia das crianças foi com 21 anos (ok, minha mãe quis fazer uma graça), mas que quando criança era muito mais divertido.
Começava outubro e eu já estava ansiosa pensando no que ganharia: se era aquela Barbie, ou aquela roupa da moda. Mas depois de um tempo já pedia dinheiro pra decidir sozinha (daí começou a perder a graça).
O que eu quero passar com esse texto é uma mensagem simples: a gente não pode deixar a vida perder a graça.
A graça da vida está nas surpresas, no colorido, no simples.
Acorde um dia de manhã (tem que ser sábado, RS) e coma bisnaguinhas com muito requeijão, assista Bob Esponja, peça pra sua mãe fazer hambúrguer no almoço e faça desenhos com catchup nele. Ande descalça, sente na grama, tome sorvete de uva e fique com a língua roxa. Pedale, dance, cante. Coloque um disco da Xuxa se for preciso.
Aproveite a nostalgia, é tão bom. Lembrar do passado de vez enquanto faz você resgatar suas raízes, dar valor as coisas simples. Faça uma sessão “museu” com seus amigos, lembrem de desenhos antigos, músicas bregas e roupas ridículas.
De vez em quando tente ser criança e não a perca de vista, jamais. A vida já é muito séria, mas não precisa ser dura.
Ser criança é algo incrível, simples e que não tem volta.
Toda vez que eu vejo uma criança brincando, se melecando com sorvete ou se sujando com areia, eu penso: bons tempos que não voltam mais... E você? Pensa isso também, né?
Lembre-se de como era boa aquela época: acordar cedo, tomar um leite bem quentinho, ir pro colégio, ter aula de educação física, dar risada com os amigos, comer salgado no recreio, chupar pirulito de coração, dar risada durante as aulas e só esperar bater o sinal. Passear com o ônibus do colégio (cantar aquelas musiquinhas bestas), chegar em casa e almoçar, ver Chaves e Chapolin, seriados, sessão da tarde, ir pra aula de inglês, pra casa das amigas, contar fofocas, escrever cartinhas, fazer lição de casa, voltar pra casa, jantar e dormir depois da novela.
Nossa, era bom pensando desse jeito. Prefiro nem pensar na minha rotina hoje, pois vou achá-la sem graça comparada àquela.
Além de todas essas coisas boas, ainda tínhamos um dia especial, um feriado só pra gente (que era da Santa, mas parecia nosso). Eu lembro que meu ultimo presente de dia das crianças foi com 21 anos (ok, minha mãe quis fazer uma graça), mas que quando criança era muito mais divertido.
Começava outubro e eu já estava ansiosa pensando no que ganharia: se era aquela Barbie, ou aquela roupa da moda. Mas depois de um tempo já pedia dinheiro pra decidir sozinha (daí começou a perder a graça).
O que eu quero passar com esse texto é uma mensagem simples: a gente não pode deixar a vida perder a graça.
A graça da vida está nas surpresas, no colorido, no simples.
Acorde um dia de manhã (tem que ser sábado, RS) e coma bisnaguinhas com muito requeijão, assista Bob Esponja, peça pra sua mãe fazer hambúrguer no almoço e faça desenhos com catchup nele. Ande descalça, sente na grama, tome sorvete de uva e fique com a língua roxa. Pedale, dance, cante. Coloque um disco da Xuxa se for preciso.
Aproveite a nostalgia, é tão bom. Lembrar do passado de vez enquanto faz você resgatar suas raízes, dar valor as coisas simples. Faça uma sessão “museu” com seus amigos, lembrem de desenhos antigos, músicas bregas e roupas ridículas.
De vez em quando tente ser criança e não a perca de vista, jamais. A vida já é muito séria, mas não precisa ser dura.
sexta-feira, 3 de outubro de 2008
Nós nunca estamos literalmente sozinhos
Resolvi escrever sobre isso depois de chegar ontem em casa com vontade de rezar. Na verdade, há uns dias, toda vez que passava em frente a uma igreja eu sentia vontade de entrar.
Lá é um lugar calmo, distante dessa cidade maluca, cheia de barulho, de transito, de pessoas gritando e cobrando que você seja isso ou aquilo.
Mas sempre que passava na frente, estava no carro, de carona e não conseguia parar.
Não sou católica, nem evangélica. Tentei ser espírita, acredito nas ideologias dessa religião, mas não consigo ser praticante, por “preguiça” (Deus me perdoe).
Só que algumas vezes sinto uma necessidade enorme de fechar os olhos e simplesmente conversar com aquele cara que só me ouve, sem me criticar ou me julgar. Ele apenas me ouve e isso já é o bastante.
E eu converso mesmo com ele, como um amigo de anos. Conto tudo, todos os segredos (Ah! Se essas conversas fossem gravadas...). Eu choro, eu esqueço o que estava pensando e volto, eu dou risada, choro mais, penso em mil coisas.
Nem sei se Ele consegue absorver tantos pedidos, tanta informação. Mas ele é Deus né. Se quando minhas amigas precisam conversar comigo e precisam de um ouvido eu estou ali prestando atenção, quem dirá Ele.
Então, ontem eu cheguei em casa, fiz um lanche com queijo e mortadela (estava com vontade) e coca-ligth, sente no sofá, assisti à novela das 8 e assim que acabou eu abaixei o volume e li (pela primeira vez) a Bíblia. Li um salmo que uma amiga me indicou (139).
Mas antes de ler, conversei com ele, pedi, agradeci, pedi mais um pouco. Chorei, chorei, chorei. Lavei a alma. Parecia que ela tava precisando chorar. Chorar faz bem, muito bem. Ainda mais sem um motivo cabível.
Desabei. Sempre que ia ao centro, quando começava a palestra e todos oravam juntos, eu chorava, sou muito emotiva com essas coisas Divinas.
Depois de chorar e rezar, abri a bíblia e li, li muitas vezes e em voz alta e aquelas palavras couberam exatamente nos meus pensamentos, como se tivessem sido escritos somente após eu ter rezado. Como se todos tivesses adivinhado o que eu precisava ler. Foi incrível.
Terminei de ler e já estava mais calma (apesar da tosse que me consumiu a noite inteira). Foi confortante, foi preenchedor (essa palavra não existe, mas é o que eu senti), algo preencheu um vazio aqui de dentro. Acho que foi a esperança de que tudo sempre pode melhorar, se você tiver amor e fé.
E essas coisas eu tenho bastante e ando emprestando pra quem acha que não tem.
Daí hoje de manhã, acordei melhor (apesar da insistente tosse) e mais empolgada. Depois que tomei meu café da manhã com direito a mamão com açúcar (RS) eu escovei os dentes e antes de sair pra rotina de uma publicitária, eu abri os Minutos de Sabedoria, pra poder sair com um pensamento bom. Pensei no que estava precisando e abri: Não perca sua serenidade. A raiva faz mal a saúde, o rancor estraga o fígado e a mágoa envenena o coração. Domine suas reações emotivas.”
Era exatamente isso que eu precisava ouvir.
Por isso que eu digo: conversa com Deus, bate aquele papo cabeça com Ele. Ele escuta, ele entende, ele ajuda. Peça luz pra nunca ficar no escuro.
Bom final de semana cheio de luz pra vocês.
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