sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Nós nunca estamos literalmente sozinhos



Resolvi escrever sobre isso depois de chegar ontem em casa com vontade de rezar. Na verdade, há uns dias, toda vez que passava em frente a uma igreja eu sentia vontade de entrar.
Lá é um lugar calmo, distante dessa cidade maluca, cheia de barulho, de transito, de pessoas gritando e cobrando que você seja isso ou aquilo.
Mas sempre que passava na frente, estava no carro, de carona e não conseguia parar.
Não sou católica, nem evangélica. Tentei ser espírita, acredito nas ideologias dessa religião, mas não consigo ser praticante, por “preguiça” (Deus me perdoe).
Só que algumas vezes sinto uma necessidade enorme de fechar os olhos e simplesmente conversar com aquele cara que só me ouve, sem me criticar ou me julgar. Ele apenas me ouve e isso já é o bastante.
E eu converso mesmo com ele, como um amigo de anos. Conto tudo, todos os segredos (Ah! Se essas conversas fossem gravadas...). Eu choro, eu esqueço o que estava pensando e volto, eu dou risada, choro mais, penso em mil coisas.
Nem sei se Ele consegue absorver tantos pedidos, tanta informação. Mas ele é Deus né. Se quando minhas amigas precisam conversar comigo e precisam de um ouvido eu estou ali prestando atenção, quem dirá Ele.
Então, ontem eu cheguei em casa, fiz um lanche com queijo e mortadela (estava com vontade) e coca-ligth, sente no sofá, assisti à novela das 8 e assim que acabou eu abaixei o volume e li (pela primeira vez) a Bíblia. Li um salmo que uma amiga me indicou (139).
Mas antes de ler, conversei com ele, pedi, agradeci, pedi mais um pouco. Chorei, chorei, chorei. Lavei a alma. Parecia que ela tava precisando chorar. Chorar faz bem, muito bem. Ainda mais sem um motivo cabível.
Desabei. Sempre que ia ao centro, quando começava a palestra e todos oravam juntos, eu chorava, sou muito emotiva com essas coisas Divinas.
Depois de chorar e rezar, abri a bíblia e li, li muitas vezes e em voz alta e aquelas palavras couberam exatamente nos meus pensamentos, como se tivessem sido escritos somente após eu ter rezado. Como se todos tivesses adivinhado o que eu precisava ler. Foi incrível.
Terminei de ler e já estava mais calma (apesar da tosse que me consumiu a noite inteira). Foi confortante, foi preenchedor (essa palavra não existe, mas é o que eu senti), algo preencheu um vazio aqui de dentro. Acho que foi a esperança de que tudo sempre pode melhorar, se você tiver amor e fé.
E essas coisas eu tenho bastante e ando emprestando pra quem acha que não tem.
Daí hoje de manhã, acordei melhor (apesar da insistente tosse) e mais empolgada. Depois que tomei meu café da manhã com direito a mamão com açúcar (RS) eu escovei os dentes e antes de sair pra rotina de uma publicitária, eu abri os Minutos de Sabedoria, pra poder sair com um pensamento bom. Pensei no que estava precisando e abri: Não perca sua serenidade. A raiva faz mal a saúde, o rancor estraga o fígado e a mágoa envenena o coração. Domine suas reações emotivas.”
Era exatamente isso que eu precisava ouvir.
Por isso que eu digo: conversa com Deus, bate aquele papo cabeça com Ele. Ele escuta, ele entende, ele ajuda. Peça luz pra nunca ficar no escuro.
Bom final de semana cheio de luz pra vocês.

3 comentários:

Unknown disse...

Linda..!
Saudade.
bj

Feibis disse...

Nossa amiga,q lindo! T amo

SheD disse...

É, Jana. Naquela noite quase fui até sua casa depois dos torpedos que trocamos. Mas algo me impediu. O momento era seu, era um tempo pra vc e Deus.
Como falei pra vc, o Salmo 139 nos conforta. É bom sabe que existe um Deus que nos sonda e nos conhece. Que de longe entende o nosso pensamento.
Por isso não fui até sua casa. Vc já estava em boa companhia!
Espero que exercite isso sempre, separando um tempo pra se derramar diante daquele que não precisa ouvir da sua boca o que Ele mesmo já sondou em seu coração. É só chegar e se entregar!!!
bjkas